terça-feira, 15 de março de 2011

Convivência na Diversidade

Aprendendo a conviver
Princípio básico da democracia, a convivência com a diversidade na sociedade e no nosso caso, nas escolas, ainda é tratada de modo raso. À escola, como espaço de reflexão, cabe permear as discussões em torno desse tema, mas não podemos deixar de observar o que Capellini nos diz: “a educação sozinha não tem o poder de transformar a sociedade”. Nessa sua fala a autora, coloca que necessitamos de um conjunto muito mais complexo para que a convivência com a diversidade possa ser administrada dentro das paredes escolares, pois precisamos de estruturas, planejamentos e currículos voltados para a participação ativa do outro ou do diferente.
Ter conhecimentos dos direitos humanos, respeitar a pluralidade cultural e a heterogeneidade, é a base para uma educação voltada à convivência com o outro ou com o diferente.
Outra coisa que a autora nos traz é a cultura de paz que precisamos reinventar nas escolas. Devemos usar nossas práticas educativas para que os alunos aprendam a conviver com o diferente e essa aprendizagem torna-se válida quando vemos as melhoras nos seus relacionamentos e nas suas tomadas de decisões.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O direito à educação

O direito de aprender de todos e de cada um

Será que as instituições de ensino realmente são preparadas para um ensino para todos? E as nossas políticas públicas são voltadas para esse segmento? E nós, professores, fazemos nossa parte?

Percebe-se que "cada um" deveria estar inserido no "todos", mas a prática nos revela formas diferentes no tratamento dos alunos e de modo geral, também na sociedade.
A educação tem como principal objetivo a reflexão no sentido de desenvolver nas pessoas a cultura de que esta é um direito fundamental e que traz para si a responsabilidade do desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos, favorecendo-os com a perspectiva do conhecimento dos direitos humanos (CAPELLINI, p. 60).

Sabemos que muito se tem feito no sentido de que a Educação seja para "todos", mas ainda sobram resquícios da História, história essa que mostra nitidamente uma exclusão  burocrática e em muitos outros aspectos (preconceitos raciais, econômicos, sociais, etc.). Nos dias atuais, muito se fala em inclusão e não podemos deixar de citar experiências inovadoras com bons resultados, mas a ausência de mecanismos efetivos, ainda causa controvérsia, pois ao invés de consagrar este tipo de educação, prevalece ainda o modelo de assistencialismo ou até mesmo a omissão por parte dos organismos públicos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cidadania

Que tipo de cidadania devemos exercer?

Uma questão me chamou muito atenção enquanto realizava a leitura do material de apoio do curso de Diversidade e Cidadania da UNESP. Lá dizia que podemos exercer a cidadania de duas formas. A primeira, mais óbvia na minha opinião, porém surpreendentemente a mais pobre, que seria enxergar o cidadão como aquele indivíduo capaz de cumprir com seus deveres e exercer seus direitos na sociedade a qual está inserido. A esse tipo de exercício da cidadania foi dado o nome de "cidadania passiva".

A explicação desse termo é dada com a própria explicação da segunda forma de cidadania. A "cidadania ativa". Essa, por sua vez, tem como propósito seguir sua origem etimológica, onde o termo se refere àquele indivíduo que participa da vida política da sociedade onde está inserido.

Ou seja, não basta cumprir com seus deveres e gozar de seus direitos, ser cidadão é algo mais. Um cidadão deve ser capaz de mudar a sua própria realidade e das pessoas a sua volta. Ele deve conquistar o direito que ainda não existe e lutar pelo dever que não é justo. Exercer a cidadania ativamente é, provavelmente, nossa ferramenta mais eficiente para um país e um mundo melhor.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Valores e Educação

Valores e Educação - O papel do professor

A prática de valores está relacionada à educação vivenciada ou à educação de exemplos que recebemos e guardamos em nossa memória.
Aprender a ser solidário é uma tarefa difícil nos dias atuais e talvez sempre o foi por conta de exemplos não memoráveis.
O cotidiano nos traz a todo o momento ações em que não nos orgulhamos e a própria História se pauta em situações que nos envergonham e trazem para nossos jovens o pior dos exemplos.

Como educadores temos a árdua tarefa de ensinar "valores" aos nossos pupilos e nos deparamos com os obstáculos visíveis de ocasiões por eles vivenciadas. Lendo o texto de Clodoaldo Meneguelo Cardoso, “VALORES E EDUCAÇÂO” (p.33), lembrei-me de que um dia destes em que estava trabalhando questões do SARESP com o 3º ano do ensino médio e uma das questões falava sobre o holocausto, percebi que a maioria dos alunos de uma sala de quarenta e sete, não sabiam o significado da palavra holocausto e muito menos a sua história. Quando perguntei sobre seus conhecimentos à esse respeito, responderam-me que tinham ouvido algo sobre isso, mas que não se importaram por ser "filme" (ficção), que era invenção de alguém que queria ganhar dinheiro. Parei a aula do SARESP e começamos a debater sobre a veracidade de toda a história e aí aproveitei o gancho para debater também sobre valores e direitos humanos.

Num primeiro momento, me senti decepcionada por eles estarem terminando um ciclo estudantil e não terem ideias próprias sobre um momento tão importante da história, mas depois repensei e fiquei satisfeita porque a aula fluiu e talvez fosse aquele o momento de reflexão para eles, o amadurecimento que esperamos dos nossos jovens.

Portanto, estar preparado didaticamente para instruir os alunos na questão de valores, sensibilizá-los para que pratiquem a solidariedade, a tolerância, a socialização e acima de tudo a entenderem e serem entendidos, a tomarem decisões acertadas dependendo do contexto em que estarão inseridos é  um dever do professor.

Esse é o resultado que esperamos: o de viver o mais humanamente possível.

sábado, 5 de março de 2011

Valores e Educação

Alguns valores que cabe à escola ensinar

Há pouco tempo atrás, ouvi que algumas redes do ensino público europeu poderiam deixar o ensino do holocausto de fora planejamentos. Realmente o holocausto pode ser considerado muito "pesado" para crianças, mas o fato que seria muito mais "pesado" para humanidade apagar esses erros da nossa história e correr o risco de cometê-los novamente.

Achei muito pertinente a iniciativa da cidade de Porto Alegre/RS, onde o ensino do holocausto passou a ser obrigatório. É uma iniciativa inédita no país que acredito que deve ser seguida. Talvez não precise ser uma lei em todo nosso país, mas seria bom que cada professor tenha consciência de que acontecimentos históricos como esse não podem ser apagados da memória ou deixado de lados, como se não tivessem importância.

Há uma canção composta por Renato Russo onde se diz: “.. Não se pode olhar para trás sem se aprender alguma coisa para o futuro...”  Bem, eu acredito que é bem por aí. O passado nos trás valores e é muito importante nós aprendermos os porquês da existência desses valores no presente e assim garantir um futuro.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Desigualdade

A questão das desigualdades no Brasil
 
E por falar em desigualdade, vivemos num país em que o tema é um disparate. A desigualdade no Brasil é latente aos nossos olhos. Se os nossos governantes começassem a preparar novas políticas públicas a esse respeito, sem dúvida diminuiria em muito as desigualdades que tanto afetam nossa população. Muito se fala em projetos, organizações, planejamentos, mas na realidade pouco se faz. No papel tudo é muito fácil e bonito. A realidade não nos apresenta nenhuma novidade e em pleno século vinte e um, nos deparamos com injustiças sociais e econômicas aterrorizantes e o pior de tudo, é que está virando tudo senso comum, quase ninguém se preocupa  com seu próximo e esse próximo não é alguém que você conheça ou tenha contato, mas é a sua própria raça (humanidade).

Quantas vezes vemos animais sendo melhores tratados que um ser humano? Não que tenhamos que maltratá-los, mas que nos importemos um pouco mais com as pessoas. Vemos na TV, jornais, internet e outros, cenas que deveríamos abominar e parece tudo muito comum. Hoje em dia  o que conta realmente é o lucro, esse capitalismo selvagem, em que pessoas só visam lucros e esquecem-se da maior parcela da população que não tem acesso à educação, alimentação, saúde. Fica parecendo um grande buraco negro, onde não vemos o final e se tiver um final, ele é sem dúvida escabroso.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Educação para Diversidade e Cidadania

Qual é a importância de discutirmos sobre diversidade e cidadania?


Bem, para entendermos essa necessidade, precisamos, primeiramente, aceitar a ideia de que a nossa noção de mundo é muito mais ampla e complexa hoje em dia. A globalização estreitou a distância entre culturas, etnias, religiões, etc. diversas. Talvez, possa-se dizer que, a educação nem sempre precisou se "preocupar com o resto do mundo", pois o mundo todo se resumia praticamente a uma pequena vila ou cidade.

Entendo que os meios de comunicação, como o rádio, a TV e, mais recentemente e, principalmente, a Internet são responsáveis por nos "impor" o diferente no nosso dia-a-dia e também o próprio mundo capitalista que "impôs" com que as pessoas migrassem para outras regiões atrás de oportunidades de trabalho para estabelecer um determinado padrão de vida.

Com isso aquilo que é "diferente" passa a estar muito próximo de nós. O nosso intuito é de não deixarmos o "diferente" ser visto como "desigual". Mas essa discussão fica para próxima postagem.